inominado

Essa noite eu tive um sonho de sonhador. Maluco que sou, eu sonhei com o dia em que a Terra parou.
— Raul Seixas, O Dia em Que a Terra Parou

A campainha tocou.
Fui à janela, olhar quem era, mas não havia janela.
Bateram então à porta.
Procurei a porta onde ela ficava e, depois, de onde veio o barulho.
Só achei parede.
Olhei em torno e o quarto, sem portas ou janelas, estava escuro.
Liguei o interruptor e a luz não acendeu.
No castiçal que enfeita a mesa, há uma vela.
Em meu bolso, fósforos.
Risco um, o escuro há de acabar.
Acaba, numa explosão, de uma vez, tudo acaba.

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