José Socas. O doido varrido ou doudo, como escreveria meu pai. Um rinoceronte numa montanha de geléia. Criado na mais fina flor do pensamento desvairado, alimentado de idéias desestruturadas que cheguem de todos com quem converso, atormentado pela necessidade caótica de encontrar simetria em tanta confusão.
Alguém que não sabe se nasceu pra este mundo, mas tenta, e erra… muito… e aprende… e erra. E talvez seja para isso que estamos todos aqui.
Nemo que teima em acreditar no sonho de que já acordou. Poor Little Nemo? De jeito nenhum! Pobre de ninguém.
A música já começou e, enquanto toca, alguns dançam: a raposa, o javali, a harpia, a coruja, o squonk. O doido? O doido só ouve e vaga, farnel ao ombro, olhos para a lua, sem saber onde isso tudo vai dar.