A Lua

 

Quero morrer completamente; quero morrer com este companheiro, meu corpo.
— Jorge Luis Borges, Elogio da Sombra

Para falar sobre este blog é necessário, antes de tudo, explicar-vos que para mim isto não é um blog, mas um eterno caderno de rascunhos.

Já não somos os mesmos de quando comecei a escrever esta página. Antes desta linha já a remendei algumas vezes e outras tantas já mudei de idéia sobre o que cá tratar. Daqui até clicar post, ainda hei de voltar e alterar tudo várias vezes. E conte-se que já deve ser a terceira ou quarta vez que redijo esta explicação.

Não vou citar Raul (por enquanto é óbvio demais para alguém pretencioso como eu), mas tenho o direito de repensar, desdizer e redizer, e esquecer, tudo o que digo. Ah, se pudéssemos revisar todo o passado, um copy-desk da vida.

Não podemos.

Chenrezig_Sand_Mandala

Mas esta conta do WordPress é minha, e ao menos aqui, eu faço o que quero. Por isso me dou o direito de rasgar, rabiscar, apagar, trocar, jogar tudo fora, refazer e acabar quantas vezes me der na telha. Cabeça nova, post novo. Vida nova, blog novo.

Claro que tive pena de algumas coisas que apaguei. Elas estão aqui, na minha cabeça na forma como as penso hoje. Se quiser saber, clica contato e faz-me uma pergunta. A resposta será como tudo aqui, sincera, mas fugaz, como uma mandala de areia e serragem largada ao relento.

Do you realise, this world is totally fugazi?
Where are the prophets? Where are the visionaries?
Where are the poets to breach the dawn of the sentimental mercenary?
    — Marillion, Fugazi, 1984

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