É tão bom assim, cheirando seu pescoço, com a boca quase no ombro.
“Eu te quero!”
Eu não via seu rosto, escondido ao lado do meu, mas sabia do seu sorriso
Demorei um pouco, ela saboreou o que eu disse.
Encostou-me a orelha ao ouvido.
Inocente ela, acha que essas coisas ouvem-se com os ouvidos.
“Eu também te quero. Você sabe que não precisava me falar isso. Quando teus baços me tocaram, foi porque já me havia entregado a você, já era tua”
Nesse instante, afrouxei um pouco o abraço, precisava para fazer-me entender, para olhá-la nos olhos. A mão segurando lhe o rosto, um dedo encostava-lhe a orelha, parte da mão o pescoço. Os olhos, nunca imaginei que pudesse olhar-lhe tão nos olhos!
Ela fez uma expressão impressionada, quase assustada, percebeu que era sério aquilo ali.
Afaguei-lhe emocionado, temi ser pretensioso, mas tinha que ser sincero: “Você sabe que não quero só teu corpo. Nem mesmo só de corpo e alma. Eu te quero em tudo mais o que houver, todinha, parte da minha vida, e é assim quero ser teu também.”
Ela então, aí sim, se impressionou e se emocionou.
Não sabíamos o que fazer. Depois entregaríamos nossos corpos, isso também é muito bom, mas vem depois.
Agora, beijamo-nos, emocionados e apaixonados.
Só nós sabemoa como um beijo pode ser tudo.
É como se o mundo todo fosse só aqueles centímetro em torno dos rostos, dos lábios. Como se o mundo todo fosse aquilo ali. Dos dois.