Eu me sentei no sofá com o notebook no colo. Demorou para funcionar a wifi, fiz uma gambiarra besta pra funcionar, nem parece que trabalho na área. Abri logo na lista dos meus rascunhos, queria terminar o que eu trabalhei à tarde, no teatro e no café.
O rascunho estava longo já, e nem tinha todas as idéias. Levou umas três horas pra ficar assim. Ia precisar de, ao menos, mais umas quatro ou cinco pra terminar. Não ia conseguir terminar hoje. Preciso dormir.
Olhei as últimas publicações. Não publiquei nada esta semana, só umas notas, sobre dois discos. O último texto mesmo já tem uma semana e foi algo que eu escrevi no cafe, de improviso, também porque estava chateado de não ter o que publicar.
Os últimos dias estão já naturalmente corridos e eu ainda resolvo desenterrar minha lista de coisas por fazer e esgotar de vez minha agenda terminando-as.
De volta aos rascunhos. Eu precisava terminar algo. Tenho uns cento e cinqüenta rascunhos. Coisas que quero elaborar. Olhei os últimos, nada que pudesse ser trabalhado com pressa. O da tarde estava bom, os outros iam no mesmo raciocínio. Não queria fazer corrido, mal-feito, mas não tinha tempo para fazer como gosto.
Fiquei chateado. Cercado por uma coleção de rascunhos inacabados. Mais de cem rascunhos, mais de cem assuntos, inacabados. Não sei por quê, mas este blog não pode ser outro assunto inacabado. Ainda não sei.
Os outros rascunhos, alguns não sei terminar, outros me deixaram triste. Os mais antigos, sei que nem adianta olhar.
Lembro que lotei minha agenda para a semana. Não vou ter tempo pra nada, ao menos até quinta-feira. Quiçá nem na quinta-feira mesmo. Fico num desespero infantil. Quero algo pronto agora! Não terei.
Enquanto espero a máquina de lavar acabar com a minha roupa de amanhã, tenho tempo só de escrever o que acho que aconteceu. O porquê de eu postar só esta nota, sem história, sem moral, sem graça.