Na semana passada vi uma coisa na livraria que me chamou muito a atenção. Era um livro com uma coletânea de quadrinhos da editora Circo. É uma editora de meus tempos de criança em São Paulo, mas não eram quadrinhos para criança. Quem comprava era meu irmão, eu apenas lia. A editora durou pouco, talvez um ano, tinha poucos títulos, mas publicou algumas das melhores — e das piores também — HQs que eu já li. Algumas que ficaram na minha cabeça até hoje. O volume é grande, pesado, eu estava de metrô e ia correr ainda por vários compromissos, não convinha comprar no dia, seria ruim de carregar. Voltei no fim-de-semana e comprei.
Em casa, abri o livro, follheei para me lembrar dos títulos, os cartoonistas, as histórias, piadas e bobagens, muita bobagem. Mas a história que releria primeiro seria uma de que me recordo cada dia mais admirado. Ela foi publicada na revista Circo, a primeira e que deu nome à editora. Ela me deu idéia de uma história para contar, uma história que se parece com and HQ, mas a da HQ é muito melhor. Aconselho aos adultos, e àquele menino de Osasco.