Metáfora

Tanto se usa as metáforas de que escrever é viver e de que ler é viver. E eu sempre as desprezei. Lugar comum de quem vive de vender livros, ou de ensinar a lê-los.
Mas agora que escrevo aqui e leio comentários, e faço questão de não deixar nenhum sem uma resposta, por mais final ou retórico que ele pareça… só agora, vivo algo que me excita a ponto de julgar que, até então, não estive vivo. Não fui.
Me admiro. Me pego considerando se escrever histórias é mais especial que simplesmente contá-las. Se é mais especial que criá-las. De certo, há algo aqui que não experimentei antes e que faz esta experiência única, irresistível, viciante.
Passo a entender o fascínio dos novos pela interação digital, anônima dos chats, das redes sociais e de tantas coisas que minha geração considera criancice e aberrações do tempo.
Realmente, algo há aqui extremamente apaixonante e novo para mim. E me recuso a acreditar que seja o teclado, ou o meio.
Lamento que não exista um blog ou chat telepático. Lamento não viver este mundo o tempo todo, por mais que tente, foge-me ao controle.
Não quero me conformar com acreditar em metáforas.
Quero viver, finalmente, este mundo que só alegria me traz. Quero conhecer isso, isso que me dá vida, e viver o dia inteiro!

4 comentários em “Metáfora”

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